Com a chegada do verão, é comum um aumento nos casos de intoxicação alimentar, principalmente devido às altas temperaturas que favorecem a proliferação de microrganismos. Esse problema, muitas vezes subestimado, pode trazer desconforto e complicações sérias. Neste artigo, abordaremos tudo o que você precisa saber sobre intoxicação alimentar: desde seus sintomas até formas de prevenir e de tratar.

 

O que é intoxicação alimentar?

A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas por bactérias, vírus, parasitas, toxinas e até produtos químicos. Os microrganismos podem proliferar em alimentos mal armazenados, malcozidos ou mal higienizados, enquanto as toxinas podem ser produtos desses microrganismos. Por isso, é difícil estimar exatamente de onde vem essa contaminação.

Quanto aos microrganismos, os principais causadores são as bactérias Salmonella, Shiigella, Escherichia coli, Staphilococus, Clostridium e os Rotavírus. Esses agentes patogênicos estão presentes principalmente em carnes malcozidas, ovos crus, laticínios não pasteurizados, vegetais mal lavados e água contaminada.

 

Sintomas da intoxicação alimentar

É importante conhecer os sintomas da intoxicação alimentar a fim de diferenciá-la da alergia e da indigestão alimentar. Então, os sintomas mais frequentes são:

– Náuseas;

– Diarreia;

– Vômito;

– Mal-estar no corpo todo, como cansaço e dores;

– Dores na barriga;

– Febre;

– Desidratação, podendo estar acompanhada de boca seca;

– Dores de cabeça;

– Distensão abdominal, ou seja, inchaço geralmente similar ao de gases ou indigestão.

Reconhecer a intoxicação alimentar é crucial no tratamento. Portanto, se você experimentar uma combinação dos sintomas mencionados, considere a possibilidade de intoxicação alimentar. Caso os sintomas persistam por mais de 48 horas, busque ajuda médica.

 

6 dicas de como evitar a intoxicação alimentar

 

1. Limpe adequadamente os utensílios e superfícies

Certifique-se de limpar regularmente utensílios de cozinha, tábuas de corte e superfícies onde os alimentos são preparados, principalmente, com sabão e água quente. Além disso, não utilize a mesma faca na preparação de diferentes alimentos sem higienizar ela antes. Afinal, a desinfecção desses itens pode reduzir o risco de contaminação cruzada entre alimentos crus e cozidos de forma significativa.

 

2. Cuidado com alimentos crus

Durante o verão, saladas e frutas frescas são populares. Mas, lave cuidadosamente os produtos frescos antes de consumi-los e, ao preparar saladas, evite deixá-las expostas a  temperatura ambiente por longos períodos.

 

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3. Lave as mãos corretamente

Lavar as mãos antes e depois de manipular alimentos é essencial para prevenir a contaminação e a intoxicação alimentar. Use água e sabão, esfregando bem as mãos por pelo menos 20 segundos, principalmente após usar o banheiro, lidar com lixo ou tocar em animais.

 

4. Armazene os alimentos adequadamente

Mantenha alimentos perecíveis refrigerados a temperaturas seguras para evitar o crescimento de bactérias. Além disso, separe alimentos crus dos prontos para comer na geladeira e consuma somente o que está dentro do prazo de validade.

 

5. Cuidado com alimentos de rua e buffets

Ao consumir alimentos em ambientes externos, é difícil garantir o cuidado e a higiene no preparo, mas, verifique pelo menos se estão devidamente cozidos. Caso você consiga visualizar as condições pré-preparo, evite alimentos que tenham ficado expostos por muito tempo ou que não passam segurança de higiene.

 

6. Descongele os alimentos corretamente

Não descongelar alimentos à temperatura ambiente, pois, a maneira mais segura é na parte inferior da geladeira. Mas, caso você opte pelo micro-ondas, use a função “degelo”. Isso impede o crescimento bacteriano enquanto o alimento está descongelando.

 

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A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP) ainda faz um alerta especial. De acordo com a SES-SP, a intoxicação alimentar é mais comum dentro de casa. Os casos estão relacionados, principalmente, a ovos mal cozidos e alimentos preparados a base de ovos crus, como maionese.

 

O que fazer em caso de intoxicação alimentar?

Se suspeitar de intoxicação alimentar, é importante:

– Beber muita água para evitar a desidratação causada pela diarreia e por vômitos;

Descansar para ajudar o corpo a se recuperar;

– Optar por alimentos de fácil digestão, como arroz, bananas, torradas e caldos leves.

Normalmente, os sintomas da intoxicação alimentar desaparecem dentro de 48 horas. No entanto, em casos mais severos ou em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, os sintomas podem persistir por mais tempo.

 

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A intoxicação alimentar, se não tratada corretamente, pode resultar em complicações sérias para a saúde do paciente. Algumas das consequências incluem desidratação grave, complicações renais e até problemas neurológicos, como paralisia muscular, por exemplo.

Por isso, em casos mais graves, a busca por auxílio médico é imprescindível. A urgência precisa ser levada à sério em casos de vômito ou de diarreia com sangue e febre acima de 38 °C.

O médico poderá prescrever medicamentos para aliviar os sintomas e, em alguns casos, até mesmo antibióticos, dependendo do agente causador da intoxicação.

 

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Em resumo, manter uma alimentação segura e consciente é fundamental para prevenir problemas de saúde relacionados à intoxicação alimentar. Cuide da sua saúde e adote hábitos alimentares seguros para desfrutar de refeições livres de riscos.

 

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