O Ministério da Saúde caracteriza a síndrome do pânico pela presença constante de crises de ansiedade, que tem seu nível acentuado de maneira rápida.

O resultado disso são sintomas como: coração acelerado, tremores, tontura, falta de ar, pressão no peito, ondas de frio ou calor e náusea.

Crise de ansiedade intensa

A síndrome do pânico é assunto sério, que pode incapacitar a pessoa nas atividades mais simples do dia a dia.

Essas crises de ansiedade intensa que caracterizam o problema são esporádicas, recorrentes, duram de cinco a vinte minutos e têm forte intensidade. Podem acontecer em um ambiente calmo, no meio de um show de rock, no trajeto do trabalho para a casa, durante uma reunião importante, em qualquer lugar.

O que diferencia uma crise se ansiedade comum da síndrome do pânico é a repetição: os sintomas surgem várias e várias vezes ao longo de um determinado período de tempo (e não só em momentos específicos) e a sensação de morte é latente. E é a isso que você deve ter atenção!

Conheça os fatores de risco

A síndrome do pânico costuma se desenvolver entre os 15 e 25 anos de idade, mas pode acontecer em qualquer momento da vida. Sabe-se que tem origens hereditárias.

Especialistas do Ambulatório de Ansiedade (Amban) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) explicam que a prevalência na população geral fica em torno de 2% (não é muito comum, ainda bem!). Já para pessoas que têm histórico familiar de síndrome do pânico, esse número muda para 18% de risco. É uma elevação considerável.

Mas nem tudo é genética. O estresse é o fator ambiental que mais aumenta as chances de se desenvolver a síndrome do pânico. E, pensando em causas internas, características hormonais entram em cena para favorecer seu aparecimento. Tanto que as mulheres (que, naturalmente, vivem uma ebulição constante de hormônios) são duas vezes mais afetadas que os homens, de acordo com o Ministério da Saúde.

O problema não vem sozinho

Se você se identifica com os sintomas da síndrome do pânico, procure ajuda o quanto antes, para que o quadro não piore e você passe a apresentar outros transtornos mentais simultâneos. Hipocondria (a famosa “mania de doença”), depressão e agorafobia (que é o medo de frequentar ambientes externos por medo de que algo ruim possa acontecer com você) são comuns nesse caso.

Inclusive, vale uma observação: a mudança de comportamento é um importante fator para o diagnóstico da síndrome do pânico. Então, além de se atentar aos sinais físicos como taquicardia e falta de ar, por exemplo, preste atenção à forma como vem lidando com situações do seu cotidiano. Se algo mudou, se algum medo novo surgiu, alerta vermelho!

Como é o tratamento?

Existem medicamentos para auxiliar no controle dos sintomas da síndrome do pânico. Em geral, são utilizados antidepressivos, mas em associação a intervenções de outras ordens, como a terapia (principalmente a modalidade cognitiva-comportamental, de acordo com especialistas da USP).

A atividade física também tem função importante porque melhora a ansiedade com a liberação natural de determinado hormônios e reforça a sensação de estar saudável (o que dribla o pensamento hipocondríaco e o medo de estar morrendo, comuns nesta condição).

Apesar de não haver cura para a síndrome do pânico, é possível levar uma vida normal com o acompanhamento profissional correto.

Síndrome do pânico ou problema de coração?

Sintomas de infarto como dores no peito, taquicardia, dificuldade para respirar por conta de falta de ar também são características da síndrome do pânico. Como saber a diferença?

Os especialistas do Ministério da Saúde explicam que o pânico é caracterizado como uma doença ansiosa, ou seja, você apresenta crises importantes de ansiedade que muitas vezes acontecem sem motivos reais, ou seja, não existe, necessariamente, um fator que as deflagra.

Os sintomas psíquicos, como sensação de morte iminente, uma angústia muito grande e muito medo podem sinalizar que o problema vai além de uma condição cardíaca. Ainda assim, vale buscar diagnóstico adequado em qualquer situação.

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