O hábito de fumar afeta diretamente a saúde do corpo de modo geral, mas os órgãos mais prejudicados são os pulmões. O cigarro contém em média 4.720 substâncias tóxicas, que além de ser prejudicial a quem fuma, poluem o ar e afetam também os não fumantes. Esse tipo de consumo pode levar a doenças graves como o câncer.

A fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde homogeneamente no ambiente, contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala

Na fumaça do cigarro é possível identificar uma fuligem bem pequena semelhante à produzida por motores de carros e, ao tragar o cigarro, essa “sujeira” é levada para dentro dos pulmões. Essa “sujeira” é uma massa escura e pegajosa, decorrente principalmente do alcatrão, que se deposita nos pulmões e que contém grande parte dos agentes cancerígenos além de diminuir a capacidade pulmonar de eliminar secreções e outras partículas.

O calor da fumaça também é prejudicial, sua temperatura elevada pode atingir cerca de até 200° C, provocando ressecamento e queimaduras nos tecidos da traquéia, brônquios, bronquíolos.

Estes fatores levam a inflamação crônica dos tecidos, como os brônquios,e que causa a tosse. Ela surge como uma tentativa de fazer com que o acúmulo de secreção seja expelido, a elasticidade dos tecidos pulmonares também é comprometida, pois ela se torna enrijecida.

Adaptação dos pulmões após cessar o consumo do cigarro

As estruturas pulmonares podem se regenerar permitindo uma melhora na qualidade de vida, porém os danos acumulados são irreparáveis.

De fato, ao cessar o consumo do tabagismo, a regeneração inicia precocemente e segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as primeiras mudanças do organismo ocorrem entre 12 até 24 horas após parar o consumo.

Mesmo após anos fumando, alguns meses podem ser o tempo suficiente para que uma melhora ocorra, porém, alguns danos são irreversíveis. Quanto maior o tempo de tabagismo, maior será a lesão pulmonar. 

Entendendo efeitos do cigarro e aderindo a novos hábitos ao parar de fumar

Para quem não fuma parece simples parar de fumar, mas não é! A nicotina é a substância responsável pelo vício e que causa a dependência. Funciona da seguinte maneira: após ser inalada, chega aos pulmões e leva apenas sete segundos para alcançar o cérebro e liberar vários neurotransmissores que estimulam áreas de compensação que dão sensação de prazer semelhante ao que outras drogas fazem. Mas essa não é sua única ação: ela também aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, provoca resistência à insulina (favorecendo a diabetes).

Com o passar do tempo, as pessoas têm, cada vez mais, a necessidade de repetir o consumo em doses maiores. Essa ação é conhecida como tolerância à droga, crescendo assim o risco de efeitos deletérios associados ao cigarro.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), há duas maneiras efetivas para parar de fumar. A primeira é a imediata, em que a pessoa cessa o consumo total, já a segunda é a gradativa, em que dia após dia o consumo de cigarros vai diminuindo um por um.

Outros hábitos podem ser aliados no momento de parar de fumar como a alimentação balanceada. A cessação do tabagismo pode causar ansiedade e estresse que podem se manifestar no aumento de consumo de alimentos e por isso é bom estrar preparado (a) com lanches e refeições mais saudáveis.

Outro hábito valioso que ajuda é a prática de exercícios físicos pois liberam hormônios que promovem a sensação de bem-estar, o que pode fazer com que este período seja um pouco mais fácil.

Encerrar um hábito, um vício, pode causar muitas alterações emocionais, portanto avalie a ideia de buscar um profissional para acompanhamento próximo, como um psicólogo. Os beneficiários Care Plus podem contar com o apoio do Mental Health e Orientação 24 horas caso precisem de ajuda médica e ou apoio psicológico. 

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