Tem intolerância à lactose e está pensando em substituir o leite de vaca na alimentação? Atualmente, há no mercado ótimas opções para substitutos do alimento que também podem ser consumidos como bebida, adicionados ao café ou chá e utilizados com cereais ou para serem acrescidos às receitas.

O leite de vaca é consumido por muitas pessoas devido ao seu sabor e por ser uma grande fonte de nutrientes importantes, como o cálcio. No entanto, a procura pelos substitutos do leite só aumenta.

Em geral, essa busca se dá em razão de muitas pessoas serem alérgicas ou por terem intolerância à lactose.

A lactose é o açúcar presente em quase todos os leites. Quando ingerimos, essa substância é quebrada em dois açúcares menores (galactose e glicose), os quais são absorvidos no intestino delgado, alcançam a corrente sanguínea e, então, são utilizados como fonte de energia pelas células.

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A lactase é a enzima que faz essa quebra. Ela não é digerida quando há deficiência parcial ou total da lactase. Ao alcançar o intestino grosso, as bactérias do cólon fermentam a lactose não digerida formando gases, e outros sinais e sintomas da intolerância à lactose.

A intolerância à lactose é uma condição de saúde que pode ser controlada com dieta e medicamentos.

Além do leite de vaca, é preciso restringir da dieta os derivados do leite, como queijos, iogurtes, leite condensado, manteiga e requeijão. Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros) e que possuem leite em sua composição, como bolachas e biscoitos, também devem ser suspensos.

Confira os tipos de intolerância e como substituir o leite de vaca.

É importante estabelecer a diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose.

A alergia é uma reação imunológica adversa às proteínas do leite, que se manifesta após a ingestão de uma porção, por menor que seja, de leite ou derivados. A mais comum é a alergia à proteína do leite de vaca, que pode provocar alterações no intestino, na pele e no sistema respiratório (tosse e bronquite, por exemplo).

Diferente da alergia à proteína do leite de vaca, temos a intolerância à lactose. De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), existem três tipos de intolerância à lactose: primária, secundária e congênita. Confira logo, abaixo, as diferenças entre esses tipos:

- Intolerância primária à lactose: ocorre na maioria da população mundial adulta, com incidência variável, dependendo da localização e raça. Apenas 2% apresentam sintomas graves de intolerância à lactose. No Brasil, estima-se que 40% das pessoas apresentam hipolactasia do “tipo adulto”, que se inicia após os 3 anos de idade. Manifestações clínicas mais graves podem ser observadas nas pessoas mais velhas. A intolerância à lactose em pessoas com hipolactasia do tipo adulto é uma doença de natureza genética e ocorre em pessoas com predisposição.

- Intolerância secundária à lactose: doença adquirida, por alguns fatores, que causam lesões ao intestino delgado. Ocorre deficiência temporária de lactase que, após períodos variáveis, retorna aos valores normais, uma vez controlados os fatores desencadeantes. Diarreia causada por gastroenterite viral, giardíase, alergia ao leite de vaca, doença celíaca e doença de Crohn são as principais. Também pode ocorrer em bebês prematuros, ainda incapazes de produzir lactase em quantidade suficiente.

- Intolerância congênita à lactose: muito rara, impede o aleitamento materno exclusivo e manifesta-se logo após o nascimento. O recém-nascido tem que ser alimentado com uma fórmula para lactentes sem lactose. Trata-se de uma doença genética.

Os sintomas mais comuns da intolerância à lactose são náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto abdominal. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar.

Em muitos casos, pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarreia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer.

A peristalse, ou seja, o movimento muscular que empurra o alimento ao longo do estômago pode influenciar o tempo para o aparecimento dos sintomas. Apesar de os problemas não serem perigosos, eles podem ser bastante desconfortáveis.

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Conheça 5 opções para substituir o leite de vaca

Como o leite de vaca é uma fonte importante do mineral cálcio, é essencial substituí-lo por alternativas capazes de suprir as necessidades diárias do organismo.

No mercado, há diversas opções de extratos vegetais que podem substituir o leite de vaca. É importante mencionar também que, essas bebidas podem conter mais calorias, aditivos, gorduras e sódio, mas, por outro lado, essas alternativas não contém lactose nem a proteína do leite de vaca, nos casos de intolerância e alergia.

Mas se você optar por escolher uma das alternativas vegetais da bebida, é possível verificar na embalagem quais são os nutrientes, se possui conservantes, adição de açúcares ou açúcares em excesso, por exemplo. É importante observar se o produto é enriquecido com cálcio e se a quantidade na porção é adequada.

Confira as principais opções!

1. “Leite” de Soja

O “leite” de soja é a mais popular entre as alternativas, e ela se destaca por ter vitamina B, antioxidantes, proteínas e poucas gorduras. O “leite” de soja é considerado a opção não láctea mais próxima ao leite de vaca. O sabor é bem encorpado e intenso.

2. “Leite” de Amêndoas

Esse “leite” é feito com amêndoas inteiras ou a partir da manteiga de amêndoa e água. Conta com um sabor levemente adocicado e uma textura leve. Ele pode ser usado como um substituto do leite de vaca em produtos de panificação e sobremesas, iogurtes vegetais, adicionado ao café e chá ou misturado em smoothies. 

3. “Leite” de Gergelim

O “leite” de gergelim possui cálcio e zinco, que são fundamentais para a saúde dos ossos, e têm ação antioxidante que ajuda no combate aos radicais livres. Ele também possui fibras, vitamina E, B e lecitina, que têm um papel importante no sistema nervoso central.

4. “Leite” de Aveia

Basicamente, o “leite” de aveia é feito a partir da mistura de água e aveia, embora alguns fabricantes adicionem ingredientes extras, como sal, óleos e goma, a fim de chegar ao sabor e à textura desejáveis. Trata-se de um “leite” que é naturalmente suave em sua consistência e doce no sabor. Ele pode ser usado da mesma forma que o leite de vaca na culinária e fica muito gostoso com smoothies ou cereais

5. “Leite” de Inhame

É o mais barato entre os “leites” vegetais. Também é muito simples de fazer em casa. Basta ferver um inhame médio durante dois minutos, jogar a água fora e bater no liquidificador com 100 ml de água filtrada. Ele pode ser usado em diversas preparações doces e salgadas, ou batido com frutas ou cacau e tomado em forma de vitamina. Lembrando que a versão caseira é saudável por não conter aditivos alimentares, mas também não possui adição de cálcio, proteínas e vitaminas, que as versões industrializadas dispõem.

É sempre importante lembrar que o acompanhamento por um profissional especializado é fundamental na elaboração de qualquer dieta.

Se você precisa de acompanhamento profissional qualificado e é beneficiário Care Plus, lembre-se de que pode contar com a equipe de Nutrição, para consultas presenciais ou online. Caso ainda não seja nosso cliente, acesse o site da Care Plus.

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