Com a necessidade de nos mantermos em isolamento social, ouvimos muitas pessoas relatarem alguns sintomas que se manifestaram neste período como ansiedade, preocupação com o futuro e estresse. Concluímos que esses momentos atípicos que estamos vivendo em escala mundial é de extrema importância dar ainda mais atenção à sua saúde emocional e mental, para que isso não se torne prejudicial à saúde física também.

A frustração, o tédio e a necessidade de adaptação às novas rotinas podem ser gatilhos para “descontar” todas essas alterações emocionais nos alimentos que serão consumidos. Esse comportamento é conhecido como fome emocional, na qual não há um estímulo fisiológico para suprir e sim uma “carência” de preencher algo que não é muito claro para o paciente por meio das refeições. Com isso, ao comer, o indivíduo acaba vivendo momentos ainda que curtos, de alegria e satisfação sem compreender muito bem o dano que está provocando na saúde do seu corpo.
Pessoas que já possuem históricos irregulares com a alimentação e convivem com alguns distúrbios alimentares podem viver a fome emocional, muitas vezes, com grande frequência em suas vidas.

O corpo está em constante reação bioquímica, produzindo energia e administrando todos os hormônios que são responsáveis por regular o metabolismo dos órgãos e dos neurotransmissores. Esses são os agentes responsáveis pelo nosso estado mental e emocional produzindo emoções como prazer, alegria, estresse e até mesmo o sono que podem interferir também na capacidade de concentração, produção e raciocínio.

De acordo com os alimentos consumidos e até mesmo o horário em que é realizada a refeição, nutrientes e vitaminas são processados pelo corpo, causando a produção de diferentes hormônios e neurotransmissores. As refeições estão intrinsecamente ligadas à nutrição emocional que se associa intimamente à maneira que é realizada a alimentação ao longo da sua vida, pois guardamos registro das experiências alimentares desde a infância.

Diante deste período, assim como em vários outros momentos da vida, é importante atentar-se ao consumo de alimentos, porém não se deve abrir espaço para dietas que prometem resultados milagrosos em pouco tempo, fazendo com que ocorra a restrição de maneira severa ao consumo de algum alimento ou a substituição do mesmo por fórmulas e afins. Já está comprovado que dietas restritivas são responsáveis pelo aumento da compulsão alimentar. Lembrando que é importante observar e tentar diferenciar a fome física da emocional. Com a fome física percebemos sinais que o corpo emite, como a barriga roncar, fraqueza, mal humor, gosto estranho na boca, longos períodos sem comer, já a fome emocional está relacionada a uma emoção que pode ser ruim ou boa, a comida entra para aliviar um desconforto ou trazer a sensação de prazer.

Procure fazer uma alimentação consciente, com o máximo de atenção naquele momento, sem distrações como televisão ou celular. Busque se envolver com o preparo do alimento, saborear o que está comendo, comer devagar, prestar atenção no sabor, na quantidade, textura e forma, são práticas que podem te auxiliar a ter uma alimentação mais saudável e sem excessos.

Uma boa maneira de se manter saudável com a alimentação é buscar o auxílio de algum profissional, como um nutricionista e, se necessário, o suporte de especialistas na área da psicologia.
Caso você seja um dos nossos beneficiários, saiba que com a Care Plus você pode ter acesso a nutricionistas, e consequentemente dietas adaptadas à sua necessidade, além de psicólogos, como o programa Mental Health que oferece consultas on-line, que irão ajudar nesse processo de mudança.