A sensação de cansaço e esgotamento é cada vez mais comum na rotina de muita gente. Quando isso não passa nem com uma bela noite de sono ou um fim de semana de ócio total, vem a ideia de recorrer a remédios ou suplementos para resolver o problema. A solução é arriscada e, de acordo com a ciência, desnecessária.

A seguir, confira 5 passos para ter mais energia apenas mudando alguns hábitos de vida.

Passo 1. Não faça tudo ao mesmo tempo

De acordo com a Harvard Health Publishing, publicação especializada em saúde da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, lotar a sua agenda de tarefas e, pior, tentar cumpri-las todas de uma vez são verdadeiras bombas para a sua energia.

A recomendação dos especialistas é dividir as atividades com outras pessoas e espalhá-las ao longo do dia, da semana e até do mês. E, claro, entre uma e outra, ter momentos de descanso e relaxamento — vale desde ouvir música e ler até encontrar os amigos. O estudo explica que essa forma de organizar a rotina alivia o estresse, que é um dos grandes inimigos da sua disposição.

Passo 2. Aposte na atividade física

Ainda que pareça que isso vá aumentar o seu cansaço, o serviço de saúde de Harvard diz que não. Os especialistas explicam que, em longo prazo, a prática regular aumenta a disposição.

A recomendação do estudo é começar com pequenas sessões de 15 minutinhos e ir aumentando até alcançar pelo menos duas horas e meia de exercício na semana. É uma meta fácil, considerando que a indicação é de uma atividade aeróbica de intensidade moderada, como andar de bicicleta ou caminhar rapidamente.

Benefício bônus desse conselho: aumentar o seu poder de concentração. Como a atividade física afeta imediatamente os níveis de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e noradrenalina, tem impacto direto na forma como o cérebro funciona. Isso, além de elevar seu estado de ânimo, de acordo com o estudo britânico, melhora a concentração por pelo menos duas horas após o exercício.

Passo 3. Esqueça os suplementos para ter mais energia

Dar mais energia e disposição é o principal apelo dos multivitamínicos. A verdade é que, na grande maioria dos casos, é possível obter da alimentação todos os nutrientes que o corpo precisa para funcionar bem e ainda vencer o cansaço.

De acordo com o estudo da Harvard, não há provas de que os suplementos vitamínicos que prometem aumentar os níveis de energia funcionem. E, de quebra, ainda há muitas dúvidas quanto a seus efeitos secundários.

Uma possível exceção fica por conta da suplementação de ferro — que, de fato, aumenta a disposição de quem sofre com anemia — e as fórmulas que carregam as vitaminas do complexo B, cuja carência tem mesmo o sintoma de queda de energia e é algo comum na vida de quem não consome alimentos de origem animal.

Ainda assim, o próprio estudo alerta que só uma avaliação clínica a partir de exames específicos é que pode dizer se essas carências existem. Então, não precisa se preocupar com suplementos de qualquer tipo!

Passo 4. Não parta para o “docinho"

Vamos falar mais um pouquinho sobre alimentação. Sim, é ela que garante energia para o seu corpo. Mas nem todo alimento rico em energia (que pode ser entendida como calorias) vai garantir que você tenha mais energia. Os doces, por exemplo, são ricos em energia, mas é um tipo de energia que o corpo metaboliza rapidamente e de uma forma que (pasmem!) aumenta a fadiga. É um verdadeiro tiro no pé!

De acordo com o estudo de Harvard, é possível manter um nível de disposição mais estável apostando em proteínas magras e carboidratos não refinados, como os tubérculos, as raízes e os cereais integrais.

A publicação também recomenda que você não pule refeições, já que comer em horários regulares é uma maneira eficiente de ter mais energia. Aqui, vale também seguir a indicação do Ministério da Saúde de realizar três grandes refeições no dia, com lanches intermediários entre elas. Sempre apostando, é claro, em uma grande variedade de alimentos in natura (para garantir a maior gama possível de nutrientes) e evitando os produtos industrializados.

Passo 5. Não tenha a cafeína como aliada

O efeito “ter mais energia” da cafeína é mesmo imediato, mas o seu consumo excessivo não é recomendado nem quando a sua indisposição estiver em níveis altíssimos.

Especialistas do Royal College of Psychiatrists, uma instituição acadêmica de psiquiatria do Reino Unido, recomendam que qualquer pessoa que se sinta cansada faça exatamente o contrário do que se imagina e passe a consumir cada vez menos cafeína para combater esse sintoma.

A indicação deles é deixar de tomar gradualmente bebidas como café, chá preto e energéticos durante três semanas e, ao mesmo tempo, aumentar o consumo de água. Isso porque a indisposição é um dos sintomas da desidratação — condição que costuma se instalar no organismo de quem bebe pouca água e se sujeita aos efeitos diuréticos da cafeína. Vale fazer o teste!

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